Sociedade

“Bom Jesus” lança obra de valor económico e social

A estrada nacional número 1, liga o centro da cidade de São Tomé, ao extremo norte da ilha. A estrada de grande valor social e económico começou a ser reabilitada na quinta-feira, 15 de Outubro.

Trata-se da primeira fase da obra. Avaliada em 13 milhões e 800 mil euros, a obra cuja primeira pedra foi lançada pelo Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus, vai reabilitar 13 quilómetros e 300 metros da estrada nacional número 1. O troço em causa, liga cidade de São Tomé à Guadalupe, capital do distrito de Lobata.

O Banco Mundial é o financiador da obra. Desde Setembro do ano 2018, que o Banco Mundial, anunciou o valor do novo programa trienal de investimentos para São Tomé e Príncipe. Um programa de donativos financeiros na ordem de 75 milhões de dólares,  para 3 anos, 2018 à 2020.

Uma parte do valor total do programa trienal de investimentos do Banco Mundial para São Tomé e Príncipe, foi assim canalizada para a reabilitação e construção de estradas. Elisabeth Huybes, directora do Banco Mundial para a África Central, garantiu em Setembro de 2018, que a reabilitação da estrada nacional número 1, era a prioridade das prioridades.

A reabilitação da estrada nacional número 1, só ficará concluída quando as obras atingirem o quilómetro 27, que corresponde a distância entre a capital São Tomé e a cidade de Neves, no distrito de Lembá, norte de São Tomé. Será a última fase.

A estrada nacional número 1, liga 3 distritos. Água Grande que envolve a capital São Tomé, Lobata que tem Guadalupe como capital, e por fim o distrito de Lembá, cuja capital Neves, é considerada como a cidade industrial de São Tomé e Príncipe.

«É uma resposta ao grande problema do desemprego, sobretudo o desemprego jovem. Esta obra vai permitir criar muitos postos de empregos, relançando a nossa economia e criando condições para que o país tenha o maior rendimento, que possa aumentar o seu PIB, e também a renda das famílias, sobretudo as famílias mais pobres. É uma resposta a problemática da pobreza», declarou Jorge Bom Jesus, no lançamento da primeira pedra.

O Primeiro-ministro realçou a importância económica e social da obra, que neste primeira fase, vai recuperar o estado degradante do troço que liga São Tomé à Guadalupe.

Osvaldo Abreu, Ministro das Infra-estruturas, destacou a acção que vai por fim ao sofrimento, que os motoristas e a população vivem na estrada nacional número 1. «O que nós queremos é a rápida execução desta obra para nós desenvolvermos esta estrada em condições, para as novas populações e para os utentes. Sofremos muito…» afirmou o ministro.

ACA empresa portuguesa de construção civil, ganhou o concurso público aberto pela Agência Fiduciária e de Administração de Projectos (AFAP), célula que gere os financiamentos do Banco Mundial no país.

Reconstrução de passagem hidráulica, pontes, drenagem fluvial, construção de passeios nas zonas urbanas, e a iluminação pública são dentre outras obras que vão permitir o renascimento da estrada nacional número 1.

Abel Veiga

11 Comments

11 Comments

  1. Pedro Costa

    16 de Outubro de 2020 at 20:29

    Por favor, que façam algo de jeito. Treze milhões é muito dinheiro, pelo que espero algo digno deste nome. O país deve colocar alguém que saiba fiscalizar estas obras e não alguém que esteja disposto a levar as palmadinhas nas costas e dizer que está tudo bem. Alguém que saiba exigir e não contentar com o que estiver feito.
    Abram os olhos porque não devemos gastar milhões e receber no fim algo que poderia ser feito com tostões.

  2. Andorinha

    17 de Outubro de 2020 at 12:40

    Veio mesmo a calhar com o afastamento do atual Presidente do Tribunal de Contas por doença vão agora meter um comissário do MLSTP e o povo nunca vai saber das sub-faturação missionárias vai ser roubalheira.

  3. coisa que desce

    17 de Outubro de 2020 at 13:50

    ministro agora quer rápida execução da obra…se os fundos estão disponiveis desde 2018- como diz na noticia- porque só agora 2 anos depois vão arrancar? alguém me explica sem complicar?
    credo 2 anos para lançar pedra!!sofrimento muito quem passa nessa estrada todos os dias

  4. credo pais

    17 de Outubro de 2020 at 13:54

    essa empresa que ganhou concurso não é a mesma das obras da ponte que custou milhões?? já alguem deu resposta ao relatório do TC sobre as duvidasna facturação exagerada dessa obra? E ainda vão dar outra obra?só com cristo…

  5. sem assunto

    17 de Outubro de 2020 at 16:05

    «É uma resposta ao grande problema do desemprego, sobretudo o desemprego jovem. Esta obra vai permitir criar muitos postos de empregos, relançando a nossa economia e criando condições para que o país tenha o maior rendimento, que possa aumentar o seu PIB, e também a renda das famílias, sobretudo as famílias mais pobres. É uma resposta a problemática da pobreza»
    Francamente, Jorge Bom Jesus, não sejas ridículo homem, estas sempre a falar na redução da pobreza com pequenas obras e pequenas quantias dada as populações, que patético, estas a tornar-te um bobo da corte, danças demoradamente no salão enquanto os fidalgos levam tudo.
    Utópico.

  6. Dar César o que é de César

    17 de Outubro de 2020 at 16:36

    Jorge BOM Jesus, subiu na minha cotação… Muito bem se continuar assim, pode contar com meu voto!

  7. Sun Tintchi

    17 de Outubro de 2020 at 22:22

    Pois é Jorge subiu sim mas foi de peso.
    Há muita corrupção nesta terra. Toda gente vê quem anda a gastar dinheiro neste momento de crise.

  8. STP unido

    18 de Outubro de 2020 at 0:02

    ACA? Empresa de ponte de milhões de relatório do tribunal de contas? Agora são 13 milhões? Onde está o Presidente da República para equilibrar isto?

  9. Sotavento

    19 de Outubro de 2020 at 9:49

    Os governantes de STP dariam para excelentes actores de comédia.
    Lançam a primeira pedra para uma obra de reabilitaçao e requalificacao de uma estrada que já existia…é de risos.
    Imagino quantas pedras lançariam para uma estrada de raiz.A impressão que da é que estão a fazer um favor ao povo.Estradas, hospitais,agua potavél e canalizada ,luz são infraesturas e bens de consumo normais e de direito para um povo.

  10. António cunha dos santos

    19 de Outubro de 2020 at 16:42

    XÊÊ, Osvaldo Abreu não saiu?? O gajo não largo osso?

  11. Madiba

    20 de Outubro de 2020 at 8:22

    Pois é. Obra de 13 milhões e 800 mil euros. Vamos, uma vez mais gastar para reabilitação das estradas. Eu pessoalmente, não tenho nada contra as reabilitações das estradas. Tenho sim, é o comportamento de certas instituições do nosso Estado; com maior destaque para EMAE! A grande destruidora das nossas estradas cá em S. Tomé e Príncipe. E delapidadora dos parcos recursos postos à nossa disposição pelas suas práticas maléficas. Até chego mesmo, a pensar que tudo é feito de propósito. Porquê que neste momento a EMAE não consegue em conjunto com a empresa executora da obra, verificar todos os constrangimentos futuros, como o ponto de água, futuras canalizações, os cabos elétricos e tubos de canalizações podres, ao invés de esperar pela conclusão das obras e quase que diariamente, rachar troços de estradas, partir aqui e acolá para depois nunca mais reparar. Como santomense fico muito triste com comportamento dessa empresa pública. A estrada que liga Preparatória à Ribeira Peixe, foi recentemente reabilitada, 6 anos e, custou mais de 35 milhões de euros. Vejam o seu estado entre o troço Preparatória-Almas. E, por outro lado, por favor quem puder, passe de Vila Maria-Péma Péma. Há nove anos tinha um piso que até parecia pista europeia de avião. Mas a EMAE conseguiu colocá-la naquele estado miserável que faz de S.T.P um país de eterno 3º mundo. E ninguém faz nada! Ninguém se preocupa. Mas lançam novas obras enquanto às outras estão em completa agonia. A estrada Sul é uma delas. Dentro de muito pouco tempo vai ser impossível chegar a Angolares. Há troços de estradas de perigo autêntico, com a descaracterização do pavimento e pronto a partir. Eu, só espero que no momento do desabamento não haja infelicidades. Enquanto isso, lançam-se novas reabilitações de estradas. E, as outras que fiquem no esquecimento impiedoso.

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