Um estudo sobre cadeia de valor do carvão vegetal, solicitado pelo PNUD em São Tomé e Príncipe revelou dados que indicam grande consumo de carvão vegetal no país.
Para dar resposta ao grande consumo de carvão, muitas árvores são abatidas diariamente, e sobretudo na ilha de São Tomé. Tradicionalmente o forno para queima do carvão é construído no subsolo.
Uma prática que deteriora o solo. No fundo a produção do carvão vegetal, destrói árvores e põe em causa o abrigo e a alimentação para várias espécies de pássaros.

«Estima-se um consumo anual de cerca de 12 mil toneladas de carvão», revelou Aderito Santana, quadro do Programa das Naões Unidas para o Desenvolvimento, PNUD.
O estudo revela também que este tipo de combustível, é mais consumido nas zonas urbanas.
«Em média cada agregado familiar de São Tomé e Príncipe, usa 18 sacos de carvão vegetal por ano como combustível», reforçou a representação do PNUD.
Para alterar este cenário de grande ameaça para o ecossistema nacional o PNUD, a direcção geral do ambiente, e o projecto Liqueza Téla Nón, decidiram lançar a plataforma do carvão sustentável em São Tomé e Príncipe.

A plataforma pretende «acordar e validar estratégias e acções destinadas a aumentar a produção e consumo do carvão vegetal sustentável, a fim de limitar as práticas nocivas ao meio ambiente que contribuem para o esgotamento e destruição dos recursos naturais e da biodiversidade me São Tomé e Príncipe», referiu Aderito Santana.
Plataforma do carvão sustentável, nasce também para promover alternativas ao uso das árvores, e do solo como forno para produção do combustível.
Abel Veiga

Pedro Costa 2
2 de Agosto de 2022 at 8:38
Doze mil toneladas de carvão vegetal por ano!
Não é de admirar.
É sinal que o país continua ainda a andar a carvão. Sem desenvolvimento, sem ideias, sem rumo. Sempre no léve-léve.
Enfim