Proteção da natureza e do ambiente é um curso de três semanas destinado a agentes das forças e serviços de segurança de São Tomé e Príncipe.
«São eles os principais agentes que atuam no terreno e têm um papel decisivo no quadro das suas competências técnicas para o contacto direto com as pessoas que são os principais agentes de mudança nas questões de proteção do ambiente» – disse o major Luís Ribeiro, formador da Guarda Nacional Republicana de Portugal.
A gestão de resíduos, proteção das espécies, os protocolos internacionais são algumas das ferramentas que estão a ser passadas aos formandos.
Na componente prática foi realizada a recolha de uma amostra de água do rio que atravessa a cidade de São Tomé para um teste de avaliação.
«Sabemos que é através dos recursos hídricos que surgem grandes fontes de contaminação, as grandes epidemias. A água pelo seu ciclo vai novamente chegar ao ser humano e há de ser, de uma forma ou de outra, consumida. Por isso é que devemos ter uma preocupação acrescida com a água e a preservação dos nossos recursos hídricos de uma forma geral» – destacou o formador.
A ação é financiada pela cooperação portuguesa através do Camões, sob a coordenação do ministério da administração interna de Portugal, no quadro da cooperação técnico-policial e da proteção civil com São Tomé e Príncipe.
«Num país que tem assistido mais vinda de turistas e que pretende também mudar o paradigma daquilo que é a produção de energia, parece-nos uma ação extremamente pertinente» – sublinhou o coronel Tavares, oficial de ligação do Ministério Português de Administração Interna junto da Embaixada de Portugal em São Tomé.
Esta é a terceira formação do género que se realiza em São Tomé e Príncipe.
José Bouças
