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S. Tomé e Príncipe acolhe a última população da tartaruga Sada ao nível de toda costa oeste africana

A época de desova das tartarugas em S. Tomé e Príncipe vai de Setembro a Abril. Este ano a preocupação é para que haja maior reprodução possível das quatro espécies que desovam no arquipélago. É neste quadro que o programa Tatô, que trabalha na proteção das tartarugas está a capacitar 47 agentes, alguns dos quais novos.

«Para saberem lidar com situações de captura nas praias e também, se houver uma subida de tartaruga para fazem o devido acompanhamento no processo de desova»– disse Vencislau Soares, assistente técnico do programa Tatô.

Serão distribuídos em turnos diurnos e noturnos e são cerca de vinte praias a ser patrulhadas. Com a intervenção do programa Tatô, a população das tartarugas em S.Tomé e Príncipe está a crescer significativamente.

«Entre 2012-2014 tinham sido capturadas, em apenas 15 quilómetros de praia, 357 tartarugas, o que representa uma mortalidade muito elevada, enquanto que na temporada passada, tivemos ao redor de toda a ilha de S. Tomé, na praia, cerca de 20 tartarugas capturadas. Em consequência, ainda na temporada passada, registou-se mais de 700 desovas de tartarugas só na ilha de S. Tomé, o que não acontecia há dez anos atrás»- sublinhou Sara Vieira, coordenadora do programa.

 No entanto, há ainda uma espécie que continua na lista vermelha, ou seja, em vias de extinção.

«É o caso da tartaruga Sada. Essa espécie está criticamente ameaçada e, na verdade, S.Tomé e Príncipe acolhe a última população reprodutora desta espécie em toda a costa oeste africana. Nós acabamos por ter uma grande responsabilidade» – destacou Sara Vieira.

Das sete espécies de tartarugas existentes no mundo, cinco delas estão em S.Tomé e Príncipe.

José Bouças

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