Sociedade

Club Santana financia parceria com duas ONGs para protecção das tartarugas marinhas na cidade de Santana

O programa de protecção das tartarugas marinhas, designado Tatô, une Club Santana como maior operador turístico da região de Santana, à ONGs Terra Crioula e Marapa. O projecto que envolve a comunidade local, pretende promover a protecção da biodiversidade como factor de desenvolvimento económico. 

O Hotel Club Santana, que está apostado no desenvolvimento do turismo ecológico financia o lançamento do “Programa Tatô”, que visa a protecção das Tartarugas Marinhas nas praias da cidade de Santana, capital do distrito de Cantagalo.

Para isso o operador turístico, que pretende implementar uma política inclusiva de desenvolvimento turístico em Santana, em que e a população não é posta a parte, celebrou acordo de parceria com a Ong Terra Crioula, que é uma associação vocacionada para cooperação e desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, e a MARAPA outra Ong – são-tomense ligada a pesca artesanal.

Numa nota enviada à Direcção do Téla Nón, os três parceiros anunciam que o Programa Tatô, será implementado nas praias de Santana até Setembro de 2013. «Este programa associa o seguimento científico das populações de tartarugas a acções de protecção e ao ecoturismo», refere a nota.

A intervenção das duas Ongs em parceria com o Club Santana, abrange as Praias Messias Alves, Praia Forma, Praia Jigá e Praia Cumprida. Para monitorização do programa nas referidas praias, foram selecionados e formados dois ecoguardas, oriundos da comunidade local. «Eles serão responsáveis pelo patrulhamento nocturno das praias, transplantação e análise dos ninhos de tartarugas e libertação dos filhotes no mar», explica.

Uma parceria em prol da protecção das tartarugas marinhas, com vista a potencializar o ecoturismo, e geradora de rendimento para as populações locais. «Este mecanismo permitirá a criação de emprego ao nível local, assim como a prestação de serviços ecoturísticos de observação e libertação dos filhotes de tartarugas», acrescenta a nota.

Nesta primeira semana de Outubro, o Club Santana principal financiador do projecto, em parceria com a ONG – Terra Crioula, será assinalado o arranque oficial do projecto na cidade de Santana, através de várias acções nomeadamente a colocação de um painel alusivo à iniciativa na praia junto ao Club Santana. «O Club Santana reconhece que o sector privado deve, através de uma visão de responsabilidade social, ser uma parte integrante nas estratégias de apoio ao desenvolvimento das populações residentes nas áreas envolventes, e na valorização dos recursos locais», acrescentam os parceiros.

Para provar a política de desenvolvimento turístico “inclusivo”, que está a ser projectada para a região de Santana, o Club Santana e os seus parceiros, dizem que acredita no sucesso do programa Tatô, porque partilha boas relações com a população local. «Esta iniciativa permitirá aos habitantes locais retirar benefícios económicos a partir da salvaguarda deste património natural pela conservação das diferentes espécies de tartarugas marinhas», sublinhou.

Note-se que as actividades de protecção das tartarugas marinhas tiveram início em São Tomé e Príncipe no ano 1996. Na altura o projecto tinha financiamento da ECOFAC (Ecossistemas Fragilizados da África Central), RAPAC (Rede de Áreas Protegidas da África Central) e FFEM (Fundo Francês para o Ambiente Mundial).

Abel Veiga

1 Comment

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  1. silvestre

    3 de Outubro de 2012 at 15:22

    Boa iniciativa,envolvendo as ongs e a população local. Mas a pesca de tartarugas marinhas tornou-se como se fosse uma tradição e economica, ora vejamos, se uma tartaruga emalhar na minha rede e se tiver que devolve-la ao seu habitat natural quem paga os prejuizos. Os ecoguardas formados estarão nas praias de desove de Cantagalo e no mar quém protege a espécie?. Vejam que temos uma lamentável experiencia neste dominio. Na altura em que o Governo teve que criar normas para a proteção da especie, proibindo a pesca, o comércio, uso para fins de artesanato e o transporte mesmo de partes da especie. Mas mesmo assim até hoje vê-le carne e ovos de tartaruga no mercado.Como não conheço o acordo de parceria na integra nao é possivel fazer um comentário mas solido.

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