PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Proteção da Agricultura, de comunidades costeiras e produção de energias renováveis na mira dos investimentos nos próximos anos; governo são-tomense precisa de US$ 30 milhões para impulsionar produção de energias renováveis.
São Tomé e Príncipe apresentou à ONU a sua estratégia para limitar o aumento médio da temperatura da terra a menos de 2ºC até 2100. Foto: FAO
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
São Tomé e Príncipe é um dos países que vão assinar o Acordo de Paris em cerimónia marcada para esta sexta-feira na sede das Nações Unidas.
O diretor-geral do Ambiente do país explicou o porquê da nação do grupo dos Países Menos Avançados e das pequenas ilhas priorizar a adaptação aos efeitos do aquecimento global.
Turbulências
Arlindo de Carvalho revelou como a agricultura sofre os piores impactos do fenómeno. O país com cerca de 190 mil habitantes é o menos populoso dos lusófonos, e tem a economia impulsionada pelo turismo e pela produção de cacau.
“Por exemplo mesmo a produção do milho, do cacau e de vários produtos de exportação. Têm sido situações gravíssimas que uma das formas para poder adaptar é promover a irrigação. Ao nível do país é necessários construir barragens preparadas em todo o país para promover a irrigação. O outro setor extremamente importante que nos tem preocupado bastante são as comunidades costeiras. As turbulências marítimas têm sido mais fortes e mais frequentes. O mar tem atuado de forma bastante grave nas comunidades costeiras com a destruição das infraestruturas e uma parte muito importante das nossas culturas estão situadas nas costas.”
O Acordo de Paris prevê US$ 100 mil milhões anuais para projetos de adaptação até 2020. São Tomé e Príncipe apresentou à ONU a sua estratégia para limitar o aumento médio da temperatura da terra a menos de 2ºC até 2100.
O resposnável do país disse terem sido levados em conta os problemas que ocorrem na produção agrícola e os efeitos já visíveis da alteração do clima para apostar em investir em áreas inovadoras.
Orçamento de US$ 30 milhões
“A prioridade foi para a produção de energia sustentável de caráter renovável. Isso é só uma pequena componente daquilo que pode constituir a Agenda Global de Desenvolvimento. Nós temos um orçamento muito mais amplo, O nosso Indc ou seja a contribuição nacional para atenuar o clima mundial falamos de US$ 30 milhões para poder por o país nos carris no que diz respeito às energias renováveis.”
Arlindo de Carvalho disse que São Tomé e Príncipe é marcado por uma grande flutuação no estado do tempo, secas prolongadas, diminuição do caudal dos rios e chuvas que influenciam a produção de forma negativa.
Maria Susana
22 de Abril de 2016 at 20:40
Na realidade as mudanças climáticas são uma ameaça para o nosso país. As chuvas já não são as mesmas. Andamos a cortar também muita madeira e a tirar muita areia nas praias, oo que vai facilitar a entrada com força do mar na terra.
Sem chuva e com toda água do rio que vai para o mar, o país pode estar mesmo ameaçado.
Temos que apostar em sério nas centrais mini hídricas, porque o nosso país tem potencialidade para este tipo de energias. Mas parece que as pessoas de EMAE é que não gostam deste tipo de energia,porque não dá jeito para levarem gasóleo. Por isso o governo deve abrir os olhos. Chocolomachu