Os trabalhadores da Empresa de Administração de Portos (ENAPORT) ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado.
Em causa está um alegado acordo de concessão do Porto de São Tomé assinado pelo governo que atribui direito exclusivo a uma empresa francesa para a exploração dos serviços do porto durante cinco anos.
Segundo o sindicato dos trabalhadores o contrato é lesivo para o estado santomense, para a empresa nacional de administração de Portos, ENAPORT e aos trabalhadores.
«O lucro da empresa, mensalmente, será dividido em duas partes. Sabem também que vivemos de aluguer de rebocador e de chata. A empresa concessionária irá trazer um rebocador e uma chata que também serão alugadas para a ENAPORT e o pagamento será quinzenalmente em moeda que a concessionária achar por bem que a empresa deve pagar. Achamos o contrato muito lesivo e os trabalhadores não foram nem tidos nem achados» disse Hélmer Carvalho, presidente do sindicato dos trabalhadores da ENAPORT.
Exigem a anulação do acordo que terá sido assinado em 20 de Dezembro, entre o governo representado pelo ministro das infra-estruturas, o diretor da ENAPORT e o representante da empresa francesa África Global Logístics. Se assim não for ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado.
«O sindicato já tem preparado uma carta reivindicativa anunciando paragem imediata e por tempo indeterminado»- frisou Hélmer Carvalho.
Pedem ainda o afastamento do diretor da ENAPORT e do ministro Adelino Cardoso. O governante é acusado de envolvimento em negócios ilícitos.
«O nosso ministro está envolvido em vários negócios sujos com essa empresa. Que fique claro que todos os senhores que estão envolvidos neste negócio e que assinaram o contrato, nomeadamente, o nosso director Hamilton de Sousa e o ministro Adelino Cardoso, já não temos mais confiança nessas pessoas e não queremos elas aqui mais, principalmente o nosso director» – disse por seu turno, Adelino Silva, funcionário da ENAPORT.
Há um ano a pressão deste mesmo grupo de trabalhadores levou o atual governo a rescindir o contrato de concessão do porto com o consórcio ganês Safebond assinado pelo anterior Governo, liderado pelo ex-primeiro-ministro Jorge Bom Jesus.
José Bouças
Sem assunto
28 de Dezembro de 2023 at 17:15
Tenho sérios receios em intervir em coisa de benefício geral com os santomenses. É covarde e traidora a nossa gente. Fala por experiência.
Reparem bem na 1* e na 3* foto.
No primeiro caso um indivíduo fala e todos viram para vê-lo, com um seblante estranho questionando a eles mesmos: “Quem é o valente que está a tomar a palavra. Eu não o faria, deixa-le está a armar em esperto.” Ao seu lado tem um indivíduo de óculos escuros e boné, demostrando falta de compromisso total com o momento em que vivem.
No segundo caso, isto é a terceira foto, é ainda mais preocupante: ao passo que uns levantam o punho demonstrando força, determinação e unidade, vemos atrás deles pessoas de braço baixo e em posição de fuga caso o momento venha a pedir.
Somos muito fracos em sindicância, greves, manifestações e a reivindicar os nossos direitos, razão pela qual o poder deita e enrola em nossa cima.
Cas. fr.
29 de Dezembro de 2023 at 9:57
O senhor ou senhora ” Sem assunto”, mas com assunto , sim, tem toda razão, expressou a experiencia. Às vezes são inocentes, o que os leva a contentar por exagero sobre este ou aquele assunto, ainda que os aflija ao “cerne da vida”. Pode até doer dizer isso, mas é verdade, é a caraterística de boa parte de nós. Vê-se isso em toda instituição pública. E continuará a haver enquanto existir pessoas contentadas, velhas no pensamento, estranhas ao conceito de união. Isto expressa bem o que quase sempre digo: Que ainda existe descendência dos que traíram o REI AMADOR e descendência dos que sempre defenderam os ideias do REI AMADOR.